o que e trauma
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Nilda Carvalho

Psicóloga e Terapeuta de EMDR
CRP - 112248

O Que é o Trauma Psicológico e Como a Terapia EMDR Pode Ajudar na Cura

Chamamos de trauma toda vivência do passado que continua na memória nos causando sofrimento.

O trauma psicológico é toda vivência do passado que continua na memória nos causando sofrimento.

Tudo o que vivenciamos e que tem relevância para nós deixa uma marca — positiva ou negativa.
O conteúdo dessas vivências é arquivado na mente, e quando precisamos acessá-lo, ele está lá, no nosso “HD pessoal”: número de telefone, senha do banco, filme favorito, experiências boas e ruins etc.

Alguns desses “arquivos” não causam nenhuma reação ao serem acessados, mas outros — aqueles que tinham uma carga emocional forte no momento em que foram registrados — provocam reações e emoções intensas.

Pense no que você mais gostava de comer na infância. Talvez diga: “Nossa! Lembrei do bolo da minha avó… Chego a sentir o cheiro.”
Perceba as emoções que essa lembrança desperta: saudade, alegria, um quentinho no peito, talvez até a sensação de um abraço.

Essa é uma lembrança positiva, que ao ser acessada, traz bem-estar.
Mas o mesmo mecanismo ocorre com memórias negativas, que são arquivadas com todos os componentes desagradáveis vividos naquele momento — medo, culpa, vergonha, impotência — e, ao serem reativadas, trazem dor e sofrimento.

O pior é que essas lembranças negativas continuam ativas mesmo quando não são lembradas conscientemente. Elas ficam ali, escondidas, bagunçando a vida, influenciando comportamentos, relações e decisões.


Trauma psicológico: uma ferida emocional

O trauma psicológico é uma ferida na alma que deixa marcas na mente, no corpo e no cérebro.
Seus efeitos colaterais são silenciosos e cruéis: substituem pensamentos e emoções saudáveis por negativos, alterando a biologia e o funcionamento do cérebro.

Esses efeitos não atingem apenas quem foi traumatizado, mas também as pessoas ao redor, já que o indivíduo traumatizado — muitas vezes sem perceber — projeta no mundo suas dores e medos, prejudicando suas relações e podendo gerar novos traumas.

O trauma não é o evento em si, mas as consequências psicológicas que dele decorrem.


Por que não conseguimos “esquecer” o trauma?

Muitas pessoas acreditam que, por não se lembrarem do ocorrido, o trauma não deixou marcas:

“Aquilo não me atingiu, nem lembro mais do que aconteceu.”

Essa amnésia é comum. Durante momentos de extremo medo ou estresse, o sistema nervoso autônomo entra em ação para proteger o organismo, e o registro consciente do evento pode ser interrompido.

Dentro do sistema nervoso autônomo está o sistema límbico, e dentro dele, a amígdala cerebral — uma pequena estrutura com um papel enorme: detectar sinais de perigo e acionar o “modo sobrevivência”.

O neurocientista Bessel van der Kolk (1943, p.10) compara a amígdala a um detector de fumaça: ela reage antes mesmo de termos tempo de pensar.

Quando a amígdala detecta ameaça, o corpo libera hormônios do estresse (como cortisol e adrenalina) e ativa impulsos nervosos que elevam a pressão sanguínea e a frequência cardíaca, preparando o corpo para lutar ou fugir.

Em condições normais, quando o perigo passa, o corpo se acalma.
Mas na pessoa traumatizada, esse retorno ao equilíbrio não acontece. O estado de alerta permanece ativado constantemente, gerando interpretações distorcidas da realidade — o cérebro passa a ver perigo onde não há.


As consequências do trauma psicológico

Essa ativação constante do sistema nervoso provoca sintomas como:

  • Ansiedade, pânico e irritação;
  • Dificuldade de concentração e insônia;
  • Angústia nos relacionamentos;
  • Dores físicas e doenças psicossomáticas;
  • Alterações na pressão arterial e no sono;
  • Ganho de peso e perda de memória;
  • Sensação de medo constante ou falta de propósito.

O trauma afeta tanto o comportamento quanto o bem-estar físico, emocional e relacional da pessoa.


Possíveis causas de trauma psicológico

Entre os eventos traumáticos mais comuns, estão:

  • Experiências negativas vividas pela mãe durante a gestação;
  • Vivências de desamparo, abandono, medo, desvalia e rejeição na infância;
  • Abuso sexual, físico ou emocional;
  • Negligência afetiva;
  • Assalto ou sequestro;
  • Luto não resolvido;
  • Situações de estresse prolongado (como conflitos familiares ou sobrecarga no trabalho);
  • Bullying;
  • Relações abusivas;
  • Catástrofes naturais;
  • Presenciar homicídios, brigas ou agressões;
  • Relações familiares patológicas;
  • Ser contido fisicamente ou impedido de reagir.

As consequências mais comuns do trauma psicológico

  • Depressão, tristeza e angústia;
  • Transtornos de ansiedade e pânico;
  • Autoavaliação negativa (crenças limitantes);
  • Dificuldade em relacionamentos;
  • Problemas de desempenho sexual;
  • Pesadelos recorrentes e insônia;
  • Dificuldade para emagrecer;
  • Dependência emocional;
  • Baixa autoestima e falta de motivação;
  • Irritabilidade, fúria e impulsividade;
  • Dificuldades no desempenho profissional;
  • Vícios e comportamentos autodestrutivos.

Essas dores emocionais impedem a pessoa de viver com leveza, equilíbrio e plenitude.


Recupere o seu sistema de autocura com a terapia EMDR

A boa notícia é que o cérebro tem a capacidade de se curar e reorganizar — e a Terapia EMDR é uma das formas mais eficazes de ativar esse sistema natural de autocura.

Com o EMDR, é possível reprocessar as memórias traumáticas, liberando a carga emocional e permitindo que a pessoa retome sua vida com mais leveza, segurança e confiança.

Cuide-se!
Invista em você!

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Nilda Carvalho

Psicóloga e Terapeuta de EMDR
CRP - 112248

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