Você já passou por alguma dessas experiencias?
• Assalto;
• Sequestro;
• Abuso sexual ou físico;
• Negligencia emocional;
• Luto patológico;
• Presenciou homicídio;
• Humilhação ou vergonha exacerbada enquanto criança ao ser exposta;
• Experiência perturbadora com avião, barata, lugares fechados;
• Sente-se que foi desamparado na infância, rejeitado, deixado de lado;
• Faltou vínculo afetivo com algum dos seus cuidadores\pais;
• Assédio no trabalho;
• Cobranças excessivas dos pais;
• Presenciou brigas enquanto criança;
• Ouviu historias amedrontadoras na infância;
Todos esses exemplos acima são considerados vivências traumáticas – Trauma.
Recentes pesquisas sobre o cérebro mostram que o trauma altera o funcionamento cerebral deixando sequelas em nossa saúde emocional.
Eles estão na raiz das doenças emocionais, nas dificuldades de desenvolvimento e desempenho. Vão afetando nossa vida atual e a nossa capacidade de escolher respostas e reações sábias as situações que enfrentamos no dia-a-dia.
Como nossa mente reage a um trauma e como encontramos nela a solução?
Diante de uma situação traumática ocorre um desequilíbrio no sistema nervoso causado por alterações nos neurotransmissores gerando uma falha na capacidade de reprocessamento natural do cérebro.
Em alguns casos, só de lembrar da situação a pessoa revive toda a emoção do momento, em outros a lembrança do acontecimento não provoca sofrimento, mas as informações perturbadoras ficaram armazenadas no cérebro em forma de crenças que afetam a vida negativamente.
Estas crenças podem ser: “sou fraco”, “não consigo me defender”, “sou um bunda mole”, “a culpa foi minha”, “eu deveria ter feito algo”, “não mereço coisas boas”, “não sou bom o suficiente”, “tem algo de errado comigo”, “tenho que ser o melhor” etc.
A dissolução do trauma não se dá através de aconselhamento e sim por meio do reprocessamento da memória traumática.
Reprocessar uma memória significa eliminar os sentimentos, crenças, pensamentos e sensações corporais que estão ligados à ela.
Tal feito é possível por meio da terapia EMDR.
O EMDR “imita” o que acontece com o nosso cérebro durante o sono REM (Rapid Eye Movement – Movimento Rápido dos Olhos).
Você já deve ter visto alguém dormindo e movimentando os olhos.
A movimentação ocular durante o sono é reflexo da atividade de processamento que flui entre as diferentes regiões do cérebro. É nesta fase que acontece a maioria dos nossos sonhos e são eles que processam e “arquivam” as nossas experiências diárias.
Considerando que a memória traumática é uma vivência que foi arquivada no cérebro de forma disfuncional afetando suas redes neurais, a estimulação cerebral por meio dos movimentos oculares utilizada no EMDR faz um processo semelhante ao do sono REM; reprocessa e “arquiva” a memória sem a carga emocional e seus desdobramentos.
O EMDR é uma nova abordagem terapêutica que vem revolucionando o campo da psicologia.
É uma terapia que leva em conta o funcionamento cerebral, portanto uma neuroterapia.
Tem como foco principal o reestabelecimento da capacidade natural do sistema nervoso de reprocessar as vivências diárias.
O aspecto fisiológico de um cérebro afetado pelo trauma pode ser visto através de tomografias cerebrais sofisticadas tais como PET scans, SPECT scans ou ressonância magnética.
E através destes mesmos exames é possível ver a dissolução do trauma após o tratamento psicoterapêutico com EMDR.
